É sabido que atualmente o país se encontra num verdadeiro caos social devido a uma série de medidas autoritárias por parte do poder público às ideias que se contrapõem às suas posições. Essas medidas de cerceamento das liberdades individuais, por exemplo, ocorrem sob pretexto de que há um ataque ao Estado Democrático de Direito e suas instituições.
Entretanto, o fato é que grande parte da população brasileira encontra-se insatisfeita com o sistema político e jurídico do país que tem se mostrado totalmente fracassado e ineficaz. Todos os dias, milhões de dólares são arrancados do bolso do cidadão comum pelo Estado e não há nenhum tipo de 'retorno' desse compulsório investimento, apenas se evidencia que este dinheiro serve apenas para sustentar uma elite política e burocrata que manda e desmanda na vida dos cidadãos.
Criminosos políticos que foram condenados em todas as instâncias são soltos para concorrer à presidência da República, parlamentares e juízes aumentam seus próprios salários em uma porcentagem absurda e o pobre pagador de impostos que sustenta todo este circo recheado de brincadeiras de mau gosto é quem paga o preço da miséria.
As manifestações que inundaram o país não carregam apenas a bandeira da insatisfação de que um ex-presidiário condenado por corrupção seja o presidente da República, carregam também a reivindicação de que a ordem institucional seja restabelecida, uma vez que a evidente ruptura institucional promovida pela extrema-esquerda em conluio com a suprema corte do país e aplaudido pela grande mídia tradicional e corporativa, trouxe insegurança jurídica ao iniciar uma massiva perseguição aos seus opositores que são taxados de extremistas de direita ou mesmo 'bolsonaristas'—trazendo ao público a ideia de que há uma relação direta com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eis aí uma grande mentira: parte da população que hoje se manifesta nas ruas nem sempre se identificou integralmente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, fato é que com a briga eleitoral na disputa pelo chamado 'voto (in)útil', os demais candidatos—a maioria pertencente ao establishment progressista—foram deixados de lado para iniciar a guerra que culminou na polarização e a consequente divisão entre direita e esquerda no país com os dois candidatos mais populares: um ex-presidiário condenado por crimes corrupção nas três instâncias do judiciário e um ex-capitão do Exército Brasileiro que deixou a carreira militar para se dedicar à vida política.
Dado o fato concreto de que o ex-presidiário que outrora comandou o país durante oito anos com diversas medidas populistas que resultou na sua popularidade paternalista—o pai dos pobres e miseráveis—e que, com o passar do tempo, se confirmou que seus planos tinham como objetivo final a tomada permanente do poder—além da própria sistematização da corrupção—, a divisão tomou conta do país com o surgimento de Jair Bolsonaro que se apresentou como candidato que representaria, portanto, os valores conservadores de um eleitorado órfão de representatividade destes mesmos valores. Lembremo-nos das falas de Lula em que o mesmo ressalva que, até então, o país nunca teve um candidato de direita, e que isso era ótimo, pois todos os candidatos do teatro das tesouras eram de centro-esquerda para esquerda.
É óbvio que, enquanto houvesse apenas candidatos do espectro político da esquerda dado o plano de efetivação da tomada do poder que há quarenta anos fora planejado, não haveria com o que se preocupar, pois a hegemonia petista e de toda sua ala da extrema-esquerda estaria completamente consolidada nos três poderes da República, ainda que com seu breve ruído nos escândalos de corrupção—pois para o brasileiro, a ideia de que 'ele rouba mas faz' tem mais valor.
Nesse sentido, o surgimento do contraponto na figura de Jair Messias Bolsonaro ganha a força popular necessária para garantir a posterior força política que mais tardar ruiria, considerando que a direita jamais teve tamanho preparo quanto a extrema-esquerda guerrilheira que se dedicou aos seus métodos de subversão e perversão da mente humana desde a infância de seus filhos.
Fato é que a derrota da direita numa das eleições mais manipuladas da história do país eclodiu no caos social que hoje vemos: jornalistas exilados em outros países, perseguição massiva à manifestantes nas frentes dos quartéis de exército, censura de emissoras de rádio e televisão, censura e desmonetização de perfis em redes sociais, bloqueios de perfis de diversos jornalistas e figuras públicas que questionam a atuação do poder público nas eleições, prisão de pessoas pacíficas em sua grande parte, multas milionárias à caminhoneiros insatisfeitos com a condução do processo eleitoral, prisão de índios—e sua morte suspeita no presídio—bloqueio de contas de supostos financiadores das manifestações, etc., e tudo isso com o estrondoso aplauso da velha e grande imprensa tradicional que fora exaltada pelo próprio sistema que se dedicou à suprimir e sufocar as manifestações que em sua maioria foram completamente pacíficas.