Durante a campanha eleitoral em 2022, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu a associação de Lula com ditadores como Nicolás Maduro (Venezuela) e Daniel Ortega (Nicarágua). Mas parece que o atual presidente não se importa em receber o ditador mór em solo brasileiro, claro, os interesses estão acima de tudo.
Uma semana um tanto quanto agitada para o regime de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente deu declarações altamente preocupantes quanto aos planos maléficos dos companheiros totalitários sul-americanos. Nas palavras de Lula, algumas propostas devem ser consideradas entre os dois países: 1) Colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social, mobilizando os bancos de desenvolvimento como a CAF (Corporación Andina de Fomento), com sede na Venezuela; o Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata), na Bolívia; o Banco do Sul, também com sede na Venezuela; e o brasileiro BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 2) Aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária mediante a mecanismos de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio reduzindo a dependência de moedas extra-regionais. 3) Novamente defendeu a criação de uma moeda comum para fins comerciais.
Nenhuma das falas proferidas pelo mandatário do Partido Comunistas podem ser consideradas surpreendentes, afinal, estamos lidando com o que há de pior na 'esgotosfera' da política brasileira. Mas vale deixarmos documentado o passo a passo da cartilha da extrema-esquerda, na tentativa de salvarmos algo do nosso pobre Brasil.
Lula continua aparecendo em público, mas sem o público, salvo raríssimas exceções, poucos 'militantes' são vistos à espera do presidente em suas passagens - ele só aparece rodeado da companheirada que o aplaude enquanto regurgita seus planos para acabar de vez com a economia brasileira.
As surpresas da semana foram as repercussões internacionais das falas de Lula sobre a Venezuela, onde o mandatário brasileiro exalta haver democracia na Venezuela, e que críticas não passam de narrativas, que devem ser revertidas em favor de Maduro.
"Eu acho, companheiro Maduro, que é preciso, você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, da antidemocracia, do autoritarismo, sabe, então eu acho que cabe a venezuela mostrar a sua narrativa para que possa efetivamente fazer as pessoas mudar de opinião."
Ignorando os erros de concordância, percebemos que a companheirada está unida no discurso, que as mesmas técnicas que foram usadas aqui pela extrema-esquerda, ao tentarem denegrir a imagem do ex-presidente Bolsonaro, transformando-o em um autoritário e antidemocrático, agora são usadas para defender um dos maiores ditadores das Américas.
O presidente do Uruguai, Lacalle Pou, teceu críticas sobre as falas ditas pelo presidente brasileiro, leia na íntegra:
“Todos já sabem o que pensamos a respeito da Venezuela e ao governo da Venezuela. Agora, se há tantos grupos no mundo que estão tratando de mediar para que a democracia seja plena na Venezuela, para que se respeitem os direitos humanos, para que não hajam presos políticos, o pior que se pode fazer é tapar o sol com um dedo”
E na sequência, o presidente esquerdista do Chile, Gabriel Boric também se pronunciou.
“Eu manifestei respeitosamente que tenho uma discordância com o que o presidente Lula disse ontem, de que a situação de direitos humanos na Venezuela é uma construção narrativa. Não é uma construção narrativa, é uma realidade, é sério.”
Para incrementar todo o ensejo, na noite de ontem (30/05/2023), uma jornalista da Rede Globo sofreu agressão de seguranças do próprio ditador venezuelano após questioná-lo sobre as dívidas do país para com o Brasil. Também não seria surpresa, haja visto que não estão acostumados com jornalistas e liberdade de expressão em seu país de origem.
Enquanto o caldo engrossa, uma vitória para o país - e mais uma derrota ao governo - a câmara aprovou na noite desta terça-feira o marco temporal das terras indígenas. Ao que parece, nem tudo está perdido.