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IBP tenta barrar imposto de exportação de petróleo bruto no STF

IBP entra com ação no STF para barrar imposto de exportação de petróleo bruto. Medida pode gerar prejuízos milionários para o setor e afetar a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.

Foto: Reprodução | Bing Images

O Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP), entidade representante do setor, moveu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) com o intuito de impedir a imposição do imposto de exportação sobre o petróleo bruto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado a criação de uma taxa de 9,2% sobre as exportações do produto, durante os meses de março a junho, a fim de compensar a queda na arrecadação de combustíveis.

O IBP argumenta que a cobrança poderia gerar prejuízos diretos de US$ 1,2 bilhão para as empresas do setor, além de consequências negativas para as atividades da indústria nos Estados, em particular no Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, onde se encontram as sedes e as principais atividades das companhias.

A entidade afirma que a taxa pode afetar as perspectivas de aumento da produção de petróleo nacional e que poderia levar a atrasos ou cancelamentos nas decisões de investimentos das empresas do setor, além de prejudicar a competitividade do produto brasileiro frente a outros países que não tributam o petróleo cru.

O IBP também teme que a criação do tributo estabeleça um precedente para a tributação das vendas externas de outras commodities, com o risco de a cobrança se estender além dos quatro meses iniciais.

O setor petrolífero representa 15% do PIB industrial brasileiro e planeja investir US$ 180 bilhões nos próximos dez anos, gerando a criação de 500 mil empregos.

A indústria petrolífera acredita que a imposição do tributo pode prejudicar a segurança jurídica e a credibilidade do país, colocando em risco a atração de investimentos.

A medida, segundo a entidade, viola a previsibilidade jurídica, regulatória e tributária.

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