Em sua primeira viagem internacional, o sr. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu afrontar o Estado Democrático de Direito — o qual tanto defende — espalhando mentiras (fake news) sobre o processo constitucional que levou ao impeachment da então presidente, Dilma Rousseff.
Conforme informado pela CNN, nesta quarta-feira (25), em visita ao Uruguai, Lula se referiu a Temer como “golpista”, em alusão ao impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. No mesmo dia, Temer respondeu negando que o Brasil foi vítima de golpe e que o petista tenta “reescrever a história por meio de narrativas ideológicas”.
O ex-presidente Michel Temer ainda acrescenta: “Se continuar me provocando, eu vou falar umas verdades, porque eu fui secretário de segurança e sei lidar com bandido.”
Fato é que, uma vez que o processo de impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal — ou seja, pelo Congresso Nacional —, há que se respeitar a soberania do Congresso Nacional e de seus parlamentares.
De igual modo, se todo o processo de impeachment da então presidente ocorreu de forma legítima sob a luz do Direito e, consequentemente, sob a guarda do Supremo Tribunal Federal na figura de seu então presidente, o sr. Ministro Ricardo Lewandowski, não há que se contestar este processo constitucional uma vez que a condução foi realizada pelos Guardiões da Constituição.
Ao contrário, uma vez que se coloca em xeque a soberania dos poderes legislativo e judiciário com narrativas mentirosas de cunho ideológico sobre um fantasioso 'golpe', há que se reconhecer, portanto, um atentado não só ao Estado Democrático de Direito diante de seus instrumentos de freios e contrapesos, mas um atentado à própria Constituição Federal que o sr. Presidente da República jurou defender em sua cerimônia de posse presidencial.
Deste modo, Lula não somente despreza a Constituição Federal de 1988, como também despreza todo o processo democrático que culminou no amargo remédio constitucional instrumentalizado pelo Congresso Nacional por meio do Impeachment e, em última análise, comete crime de responsabilidade, estando, assim, passível a ser impedido de continuar seu terceiro mandato.
O que o sr. Ministro Ricardo Lewandowski tem a dizer a respeito disso? Seria o ministro, um golpista? O que todos os deputados e senadores têm a dizer a respeito? São todos golpistas e antidemocráticos?
Apesar disso, a verdade é que se nenhuma resposta for dada, então de fato são todos golpistas, razão pela qual todos decidiram se acovardar.