Fato é que a jovem direita política deu um tiro no próprio pé ao permitir que seus ânimos exaltados falassem mais do que sua própria razão. Violência por violência só gera um caos maior, não para quem está no poder, mas para quem está submetido ao poder.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitou o momento certo e calculado para tomar a medida que lhe garante a Constituição de 1988: o chamado das Forças Armadas para uma Intervenção Federal Militar na segurança pública do Distrito Federal.
O sr. Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e presidente do TSE, também garantiu seu protagonismo a fim de garantir o funcionamento do Estado Democrático de Direito: afastou por cerca de 90 dias o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Todas essas ações promovidas pelos líderes do Executivo e do Judiciário consolidaram-se nas narrativas que há muito alimentaram e, hoje, com total base e dentro de suas razões pessoais que se estenderam ao âmbito público, sustentaram medidas que agora serão inquestionáveis.
Os direitistas permitiram que as táticas animalescas ora promovidas pela própria esquerda em toda sua história, fizesse parte de sua cartilha nestes atos de manifestações que, até então, eram, em sua grande parte, pacíficas. Este foi o maior erro e isso foi um prato cheio para que, os que hoje exercem o poder, se utilizem ainda mais de todas as narrativas para justificar medidas e ações autoritárias contra todos os que se opuserem ao governo, ainda que de forma civilizada.
A partir de agora, todos que não fizerem parte do espectro político-ideológico socialista de toda a extrema-esquerda, serão perseguidos e considerados inimigos do Estado conforme as narrativas: nazistas, fascistas, direitistas, liberais, ultraliberais, golpistas, antidemocráticos, máquina de fake news, gabinete do ódio, etc.
Com uma base totalmente sustentada em uma única liderança política, a Direita novamente entrará em fragmentos e, assim, se submeterá ao castigo do que tanto lutaram para combater: o lulopetismo.
Com a máquina de propaganda do petismo, não haverá escândalo de corrupção ou mesmo escândalos públicos que desfaça a sua base, pois a partir de agora, o fascismo, o golpismo, o direitismo, o conservadorismo tem um novo nome: bolsonarismo, cujo termo está agora, incorporado na figura de uma maioria de gente de bem que se permitiu levar pela mesma estratégia violenta e primitiva dos que se infiltraram em seus legítimos movimentos para destruir e assassinar o pouco de reputação que ainda tinham.
Se antes a oposição por meio da sociedade já estava sendo perseguida sem qualquer tipo de justificativa plausível, agora será ainda mais duro de permanecer como oposição: tudo que se referir com uma crítica ao governo ou aos que compõem a burocracia estatal estará passível de condenação aos chamados 'ataques ao Estado Democrático de Direito'.