NOVA YORK (AP) — Em meio a um clima de incerteza política, o ex-mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu a nação ao anunciar, por meio de uma publicação em sua plataforma Truth Social, que ele aguarda ser detido na próxima terça-feira.
A expectativa decorre de investigações conduzidas por um promotor de Nova York, que examina supostos pagamentos a mulheres que alegam ter tido encontros íntimos com o ex-presidente.

O antigo líder do país mencionou em seu texto que informações indevidamente divulgadas, oriundas do gabinete do promotor distrital de Manhattan, indicariam sua prisão eminente, prevista para ocorrer na terça-feira da semana subsequente.
As informações foram fornecidas pelo jornalista Paulo Figueiredo Filho, que também fez referência à situação política no Brasil e à falta de competência do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao declarar: “É preciso que essa utilização política do judiciário tenha consequências e o remédio está no Congresso.”
A notícia gerou reações imediatas, como a do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy (R-CA), que, ao responder à publicação do ex-chefe de Estado, prometeu averiguar, por meio de comitês do Congresso, a possibilidade de envolvimento de recursos federais no caso investigado pela Procuradoria do Distrito de Manhattan.
McCarthy expressou seu descontentamento com a situação, afirmando que se trata de “um ultrajante abuso de poder por um promotor radical que permite que criminosos violentos saiam enquanto busca vingança política contra o presidente Trump”.
O representante republicano manifestou seu compromisso em instruir os comitês pertinentes para investigar prontamente se houve o uso de verbas federais na tentativa de “subverter nossa democracia, interferindo nas eleições com processos politicamente motivados”.
As declarações e possíveis implicações deste episódio levantam questionamentos sobre a relação entre a política e a justiça nos Estados Unidos, bem como os limites do uso do poder pelos promotores.
A expectativa é de que os próximos dias tragam mais informações e esclarecimentos sobre o caso e seus desdobramentos, alimentando ainda mais o debate sobre a ética e o papel das instituições democráticas no país e em outras nações, como o Brasil.