A Sistemática Campanha Difamatória Contra Olavo de Carvalho Ir para o conteúdo

A Sistemática Campanha Difamatória Contra Olavo de Carvalho

Progressistas da extrema-esquerda fazem o possível para continuar difamando o filósofo brasileiro mais influente dos últimos anos, mesmo após sua morte.

Progressistas da extrema-esquerda fazem o possível para continuar difamando o filósofo brasileiro mais influente dos últimos anos, mesmo após sua morte.

Estive navegando pela internet em busca de artigos um tanto peculiares de pessoas críticas ao professor Olavo de Carvalho e, por sorte, acabei por me deparar com um artigo de Gilberto Calil.

Bom, para começar, Gilberto Calil é Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor do curso de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), integrando o Grupo de Pesquisa História e Poder. Editor da Revista História & Luta de Classes. Presidente da ADUNIOESTE e integrante da direção do ANDES-SN. Tem ‘pesquisas’ sobre fascismo, hegemonia, Estado e Poder, Gramsci e Mariátegui.

Preciso ser justo e destacar o notório currículo do Doutor antes mesmo de citar um grave erro na tradução do título de seu artigo para o inglês, onde o far-right foi traduzido para ‘far rithg’. Sugiro que o right-wing extremism seja adaptado em uma possível revisão do artigo, acredito que possa melhor se adequar.

Sugestão: “Olavo de Carvalho and the rise of the right-wing extremism”.

Prosseguindo, o objetivo desta análise consistiria somente em analisar o inteiro teor do referido artigo, ainda que de cara eu tenha identificado diversos elementos de falácias retóricas tais como:

  1. Ad hominem, tendo o autor do artigo criticado a postura e o caráter do professor Olavo de Carvalho, não analisando minuciosamente o mérito do que se propôs a discutir. Podemos identificar recorrentes ataques à figura do professor por parte do autor e pitadas de sarcasmos e ironias envoltos de uma semântica manipulável.
  2. Apelo à Ridiculez, o que vem a se assemelhar ao ataque ad hominem sendo que neste caso, temos que o autor do artigo trabalha com manipulações linguísticas para dar a impressão de que as ideias do professor Olavo de Carvalho beiram o ridículo e o absurdo.
  3. Apelo à Autoridade, onde grande parte das suas afirmações enviesadas são sutilmente sustentadas por autores terceiros, autores estes também notoriamente críticos ao professor Olavo de Carvalho.
  4. Falácia do Espantalho, onde o autor se utiliza de fragmentos distorcidos do real conteúdo e do contexto para manipular a narrativa e tornar os argumentos distorcidos mais fáceis de atacar, o que contribui para que sua tese esteja bem ‘fundamentada’ embora recheada de falácias.
  5. Falácia da Generalização Apressada, onde o autor faz um aparato precipitado das ideias do professor Olavo de Carvalho e, a partir disso, argumenta com base em uma conclusão distorcida conforme seus interesses enviesados. O exemplo cristalino é quando o autor conclui que a contribuição intelectual do professor ao pensamento social brasileiro seria “inútil e infrutífera”, com base em uma série de características e eventos pessoais selecionados.

Existem inúmeras outras falácias que sustentam a tese do Doutor Gilberto Calil sobre a figura do professor Olavo de Carvalho e todas as suas notórias obras ao longo das décadas. Como plus, o autor deixa claro que a leitura das obras de Olavo de Carvalho é irrelevante e, claro, é perceptível que este não se debruçou a investigar a gigantesca obra do filósofo brasileiro mais influente – embora controverso – do nosso país. Além de, claro, não ter deixado pontos claros sobre o seu entendimento do que é a tal extrema-direita fascista que fez questão de explicitar no título do seu artigo. Analisemos um trecho.

É compreensível – pitadas de ironias – que intelectuais progressistas com título de Doutor tenham certo desprezo por Olavo de Carvalho. É perceptível que a obtenção de um título de doutorado certamente influencia na remodelagem de um ego. Para o detentor do título, trata-se de uma bagagem, um reconhecimento do seu esforço e de sua jornada. Portanto, ser comparado com alguém que nem formação obteve para uma discussão tête-à-tête é, no mínimo, humilhante. Talvez este tenha sido um dos maiores feitos do professor e filósofo, Olavo de Carvalho. Prossigamos.

Conforme explicado anteriormente acerca das falácias retóricas, nota-se uma sucessão de ataques à figura do professor Olavo, principalmente se tratando de um tema que borbulhou nos últimos tempos, mesmo após seu falecimento. Trata-se da questão da PepsiCo onde o professor afirmou que a empresa usava células de fetos abortados como adoçante – e tal afirmação rendeu frutos, principalmente de seus detratores da esquerda.

A arte do jornalismo consiste em investigação de fatos e, portanto, farei um favor ao autor do artigo na perseguição desses fatos para demonstrar que não houve nenhuma leviandade na afirmação do ilustre professor Olavo de Carvalho e que, seu artigo sobre a ascensão da extrema-direita não passa de uma carta feita à punho para tentar difamar a reputação do homem que, em especial na última década, foi sistematicamente perseguido pela imprensa militante e corporativa.

Antes de continuar, não posso deixar de agradecer ao excelente trabalho da jornalista Paula Schmitt, do Poder360, que elaborou uma excelente matéria a respeito do tema. Recomendo que leiam.

Em 3 de junho de 2011, a CBS publicou uma matéria sobre a relação da PepsiCo com o laboratório Senomyx. A matéria fala “sobre um iminente refrigerante de baixa caloria da Pepsi, que a empresa está criando com a ajuda da empresa de biotecnologia Senomyx. Numerosos grupos anti-aborto iniciaram um boicote aos produtos da Pepsi porque dizem que a Senomyx, que desenvolve novos ingredientes destinados a melhorar a doçura e outros sabores, o fez usando células renais embrionárias que foram originalmente retiradas de um bebê abortado.”

Na época, a CBS havia tentado contato tanto com a Pepsi quanto com a Senomyx, mas nunca tiveram retorno. “Nem a Pepsi nem a Senomyx retornaram as ligações, então não sabemos o lado da história das empresas. Mas uma leitura atenta das patentes da Senomyx sugere que pode ser. Todas, exceto 7 das 77 patentes da empresa, referem-se ao uso de células HEK 293 (rim embrionário humano), que os pesquisadores usaram por décadas como burros de carga biológicos.

A CBS continua a matéria explicando do que se trata as células HEK 293 utilizadas pela empresa de biotecnologia. “A empresa parece estar projetando células HEK para funcionar como as células receptoras de sabor que temos em nossa boca. Dessa forma, a Senomyx pode testar milhões de substâncias para ver se elas funcionam como diferentes tipos de intensificadores de sabor sem submeter voluntários humanos a testes de sabor intermináveis.

E continua no parágrafo seguinte com uma informação extremamente importante. “Para não cientistas, isso pode soar um pouco estranho, mas a realidade é que as células HEK 293 são amplamente utilizadas em pesquisas farmacêuticas., ajudando os cientistas a criar vacinas, bem como medicamentos como os da artrite reumatoide. A diferença aqui é que o trabalho da Senomyx para a Pepsi é uma das primeiras vezes que as células foram (potencialmente) usadas para criar um alimento ou bebida. (E é importante observar que nenhuma parte de uma célula renal humana faz parte dos intensificadores de sabor da Senomyx ou de quaisquer produtos alimentícios acabados).”

Atualmente, a matéria da CBS não está mais disponível por meio do link original que seria este, porém, com a ajuda da Wayback Machine, conseguimos acessar a página indexada e com todas as informações salvas. Clique aqui para acessar a matéria na íntegra.

Todos nós, cidadãos, deveríamos abrir as portas ao debate e a uma profunda reflexão sobre os feitos de certas empresas do ramo alimentício e, principalmente, empresas que atuam no segmento da biotecnologia. O debate deveria seguir para uma investigação muito mais apurada dos fatos e, também, para promover uma maior transparência das ações realizadas por tais empresas, tendo em vista que elas possuem uma ação direta no mercado de consumo.

Deste modo, faço uma reflexão: a decisão de usar células renais embrionárias em produtos alimentícios nos obriga a questionar onde está o limite entre o progresso científico e o respeito à vida. Quão longe estamos dispostos a ir para melhorar o sabor de um refrigerante? Que sacrifícios estamos dispostos a fazer, e quais linhas éticas estamos dispostos a cruzar, para melhorar a qualidade e a eficiência dos produtos de consumo?

A resposta a estas questões reside não apenas com as corporações e os cientistas que fazem essas escolhas, mas também com os consumidores que, consciente ou inconscientemente, endossam essas decisões com suas compras.

A ironia é amarga. Enquanto tentamos proteger a vida humana e a dignidade a todo custo, permitimos que partes dela sejam comercializadas e consumidas, literalmente, na forma de produtos de consumo diários. Esta é a realidade desconcertante que precisamos enfrentar.

Talvez se o Doutor tivesse maior hombridade – o que eu particularmente acho difícil em um progressista – de investigar fatos antes de escrever sua carta de difamação em forma de artigo contra o professor Olavo de Carvalho, muito provavelmente não teria sequer escrito uma linha desta horrenda publicação.

Devemos ter em mente que todas essas produções intelectuais fazem parte de uma guerra cultural e, acredite, caro leitor, para sua tristeza, essas produções são financiadas com o seu dinheiro. Você é um agente indireto – querendo ou não – da disseminação da ignorância perturbadora que assola a nossa sociedade e subverte o caminho da busca pela verdade.

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